Duas das seis mulheres que denunciaram o agente prisional Edson Alves por violência doméstica, entre outros crimes, foram convidadas para participarem de uma reunião na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta segunda-feira (18), em Cuiabá - MT.
Mas quando uma delas era ouvida pelos deputados o botão do pânico disparou. "Só chorei, não conseguia fazer mais nada. Só mostrei que o botão estava vibrando e tocando", contou a vítima, que pediu para não ser identificada.
Ela foi consolada pelos presentes. Edson Alves, que é agente do sistema prisional, foi preso suspeito de manter a namorada e o filho dela em cárcere privado e submeter ambos a sessões de tortura. Durante uma das surras o menino de apenas seis anos foi jogado contra a parede e quebrou o braço em 4 lugares.
Edson ficou preso por 81 dias e ganhou o direito de responder ao processo em liberdade, mas monitorado por tornozeleira eletrônica.
Depois que a prisão de Edson ganhou repercussão, outras seis mulheres criaram coragem e denunciaram o agente prisional. Duas destas mulheres pediram o botão do pânico depois que ele foi solto.
O botão é um dispositivo que avisa as vítimas quando o agressor está se aproximando e descumprindo a medida protetiva.
Após o equipamento disparar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso a Polícia Militar foi acionada e mandou ele se afastar do local.
"É péssimo. Quando o botão disparou passou um filme na minha cabeça de tudo o que passei nas mãos dele", enfatizou o vítima.
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